Talk:Brazil/Condomínio digital
O conceito de não-refém
Somos reféns por exemplo do Facebook: ele é dono dos nossos dados e conteúdos, apesar dos dados serem privados e os conteúdos um aspecto social/cultural da comunidade e da humanidade. Algo parecido ocorre com G-Mail, Hotmail, etc. Algo parecidos com mapas digitais... Graças ao Openstreetmap, todavia, não somos "tão reféns assim" do Google-maps... Mas os mapas OSM de certas regiões carecem de estabilidade e qualidade suficientes e estamos perdendo, ficando mais reféns do Googlemaps.
Outros exemplos... Infelizmente não somos donos sequer da nossa língua ou dos nossos endereços:
- a base de dados de CEP tem dono (e ele não tem interesse no mapa do CEP);
- a base de dados da nossa língua (!) tem dono.
E ambos podem ser também solucionados... Uma saída é inverter os papeis de "quem é dono". Em sendo serviços de utiliade pública, congrega-se representantes e grandes usuários do serviço, ou seja, uma grande parcela do próprio público. O único contrato de serviço seguro nesse contexto (baixo valor e preservação digital de longo prazo) é "ser dono".
O diferencial é não ser dono sozinho, todos esses grupos de interesse são co-proprietário da infraestrutura, ou seja, "cada um é um pouquinho dono", dono em condomínio. O número de condôminos é ilimitado, e pode começar com poucos. É as duas coisas juntas: "vaquinha" e "curadoria democrática" pela melhor infraestrutura.
PS: com o condomínio troca-se a relação dos "usuários reféns do dono-sozinho" pela relação dos "usuários-donos". Aqueles que não quiserem ser condôminos, mas precisarem usar os serviços de utilidade pública oferecidos pelo condomínio, também se beneficiarão: de uma administração coletivo e mais sensível às necessidades de toda a comunidade.